Os impactos da pandemia de Covid-19 no curso endêmico da Hanseníase no Brasil e a necessidade de atenção pública e social às vítimas especialmente vulneráveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.58725/rivjr.v1i2.33

Palavras-chave:

Hanseníase, Pandemia de Coronavírus, Políticas Públicas de Saúde

Resumo

Apesar da redução dos casos de hanseníase nas últimas décadas, o Brasil se destaca como único país das Américas que ainda não alcançou a meta de controle e também ocupa o segundo lugar no número de novos casos em todo o mundo. É considerada doença negligenciada e, diante da triste realidade da subnotificação de casos, do aumento dos casos considerados não curados e visando ao diagnóstico precoce da doença, as políticas públicas de saúde primam pela intensificação da busca ativa de doentes, que chegam a ser responsáveis por mais de 50% dos casos identificados. A pandemia de Coronavírus levou governos a adotarem medidas estratégicas, como o isolamento social, a restrição da mobilidade urbana, e a suspensão de uma ampla gama de serviços, o que impactou negativamente as estratégias de controle da hanseníase no Brasil. Houve redução no diagnóstico de novos casos no Brasil - especialmente entre crianças menores de 15 anos porque a pandemia de Coronavírus causou atrasos no diagnóstico, tratamento e manejo das morbidades, na prevenção de desabilidades e a descontinuidade do monitoramento da doença em todo o país, aumentando a subnotificação e a prevalência oculta da hanseníase, tornando o desafio ainda maior no alcance das metas de controle.

Biografia do Autor

Fernanda Beatriz Monteiro Paes Gouvêa Barutti de Oliveira, PUC-SP

Mestrado em Direito, MBA em Gestão de Saúde, Especializações em Direito Regulatório Sanitário, Saúde 4.0, Direito Médico e da Saúde, e Fisioterapia Pediátrica e Neonatal, Extensão em Bioética e Biodireito. Graduação em Direito e Fisioterapia.

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Publicado

2023-08-30

Edição

Seção

Artigos